Em 1880, no meio universitário coimbrão, surgia a Revista litteraria e scientifica, dirigida por dois jovens estudantes, António Feijó e Luís de Magalhães. O projeto, de clara matriz positivista, não foi além de uma curta existência de 3 números reunindo colaboração literária e científica, que ficam agora disponíveis aqui.

O seu objetivo era ambicioso, e decorria da identificação de um "problema fatal que é preciso resolver", o da decadência da sociedade portuguesa, fruto de um "regimen d'um monarchismo jesuitico" de mais de três séculos. O combate pelo "renascimento nacional", afirmavam no seu primeiro editorial, "compete aos novos, à mocidade", a uma elite capaz de "desbestializar o povo cretinizado por uma política exploradora e por uma cathechese religiosa, grosseiramente material e fetichista".

Saiba mais sobre esta publicação na ficha histórica que a acompanha, da autoria de Helena Roldão, e que pode ler aqui.