Semanário de humor e caricatura, o Pirolito : bate que bate começou a publicar-se, no Porto, em 24 de janeiro de 1931. O título manteve-se até janeiro de 1934, embora na coleção da Hemeroteca Municipal de Lisboa existam apenas os primeiros 56 números (até 13 de fevereiro de 1932); são esses os números que ficam agora disponíveis na Hemeroteca Digital, aqui.

A direção do jornal era assumida por Arnaldo Leite e Carvalho Barbosa, com a parte de humor gráfico a ser mantida (entre outros colaboradores) por Cruz Caldas: equipa em torno da qual, já em 1924, havia surgido um outro semanário humorístico do Porto, o Cócórócó.

No contexto de afirmação da Ditadura Militar, e na medida em que a censura o permitiu, o Pirolito esteve atento à conjuntura nacional e internacional, mantendo o discurso equidistante que deriva de um posicionamento político, expresso em editorial, intencionalmente vago, afirmando "categoricamente a sua simpatia pelos homens da vanguarda e da retaguarda. Democrático – integralista, bolchevista, filiado no Centro Católico, monárquico do 31 de janeiro e bravo republicano do Mindelo, o nosso jornal, sendo das esquerdas e das direitas, confessa a sua predilecção pelo centro."

Para saber mais sobre a publicação, consulte a ficha histórica, da autoria de Rita Correia, aqui.