ISSN 2182-3200

A Hemeroteca Municipal de Lisboa e o Gabinete de Estudos Olisiponenses evocam nos meses de Novembro e de Dezembro os 60 anos da morte do jornalista e olisipógrafo Norberto de Araújo – cujo programa pode ler aqui.

Norberto de Araújo começou cedo no jornalismo, ingressando na redação do jornal O Mundo em 1916. No ano seguinte, já está a colaborar noutro título, A Manhã, de que chegou a ser proprietário. A sua intensa atividade jornalística levou-o a ser jornalista do Diário de Notícias, do Século da Noite e do Diário de Lisboa, mantendo-se neste último como redator principal até morrer, a 25 de Novembro de 1952.

No Diário de Lisboa, através de um estilo de escrita incisivo e vibrátil, iniciou toda uma etapa de renovação nos processos jornalísticos. Ficou célebre neste jornal a sua rubrica "Páginas de Quinta-feira", onde deambulava pelas mais diversas assuntos, fossem sínteses de arte, política, casos de rua, comédia burguesa, cultura ou inevitavelmente Lisboa. Mas Norberto de Araújo é conhecido hoje sobretudo como um olisipógrafo erudito, autor de obras incontornáveis para o estudo da cidade, como Inventário de Lisboa (1939), Legendas de Lisboa (1943) e Peregrinações em Lisboa (1939), a obra mais compulsada. A CML concedeu-lhe a medalha de ouro da cidade de Lisboa.

Para saber mais sobre Norberto de Araújo, consulte o dossier digital que preparámos para si,
aqui, e que reúne, entre outros conteúdos, todas as crónicas das “Páginas de Quinta-feira” que o autor publicou no vespertino Diário de Lisboa. vida e obra do autor.